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508 x Altima: existe sedã fora da Alemanha

Num mercado dominado por carros germânicos, Peugeot 508 e Nissan Altima mostram que existe sedã premium fora da Alemanha

10/01/2014 - Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Enquanto Mercedes-Benz Classe C, BMW Série 3 e Audi A4 são as opções mais lembradas quando se pensa em sedãs premium, Peugeot 508 e Nissan Altima passam desapercebidos, zunindo por fora dos olhares. Enquanto a trinca germânica custa entre R$ 120 mil e R$ 126 mil, 508 e Altima, oferecidos em versões únicas, custam R$ 109.990 e R$ 99.800, respectivamente. O iCarros avaliou ambos nesse duelo de pensamento “fora da caixa”.

Tanto Peugeot quanto Nissan oferecem de série direção eletro-hidráulica, bancos em couro com regulagens elétricas, câmera de ré, airbags frontais e laterais, ABS, controle de estabilidade, central multimídia e teto-solar elétrico. Mas o 508 começa a justificar seu preço com equipamentos como ar-condicionado de quatro zonas (duas no Altima), heads-up display e auxiliar de baliza, enquanto o rival agrega alerta de mudança de faixa e aquecimento do volante.

Questão de personalidade

Apesar da origem francesa do 508, o propulsor da Peugeot é o mesmo 1.6 16V turbo a gasolina que a BMW usa nos Série 1 e Série 3, além da maioria dos modelos da MINI, controlada pela marca bávara. O motor gera 165 cv de potência e 22,4 kgfm de torque e está acoplado a uma transmissão automática de seis velocidades. Mas esse não é a única influência germânica no 508.

No lançamento, a Peugeot fez questão de salientar que o interior do carro havia sido desenvolvido pela equipe alemã da marca. O resultado foi uma cabine de linhas harmoniosas, cores sóbrias e qualidade de montagem equivalente a qualquer modelo similar em proposta que sai hoje do país de Angela Merkel.

Ao menos no visual, o 508 deixa claro sua origem francesa. Linhas limpas, poucos vincos e um visual elegante, quase minimalista, afloram do sedã que mede generosos 4,9 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,5 m de altura e tem 2,8 m de entreeixos. Exatamente as mesmas medidas do Altima.

O modelo mostra a interpretação oriental do sedã grande pensado para o mercado dos EUA. Inclusive o modelo brasileiro do Altima é feito na Terra do Tio Sam e é importado para cá apenas com alteração na suspensão.

O resultado é uma personalidade bem mais tímida, mas competente. O Nissan até conta com alguns arrojos visuais, como a grande grade dianteira e os faróis em forma de seta, mas, no geral, é discreto. Por dentro, o Altima usa alguns acabamentos em plástico em locais onde a Peugeot lançou mão de materiais macios ao toque, como é o caso do console central.

O coração do Nissan é um 2.5 aspirado a gasolina de 182 cv e 24,9 kgfm de torque, que trabalha em conjunto com uma transmissão CVT, de relações continuamente variáveis.

Relações exteriores

Para realizar um comparativo, anda-se em todos os carros envolvidos e, geralmente, a ordem em que se faz isso não influencia nos resultados. Porém, quando se trata do Altima e do 508, fez diferença. Nesse caso, o Nissan foi avaliado primeiro.

Graças a isso, foi possível ver o quão firme é o acerto de suspensão do Peugeot, que, no lançamento em 2012, pareceu confortável perto de uma concorrência essencialmente vinda da Alemanha. E por quê isso aconteceu? Porque se você quer chegar do ponto A ao ponto B sem ser incomodado, o Altima é o seu carro.

Nem os buracos, nem as ondulações, enfim, qualquer coisa remotamente brasileira, foram capazes de perturbar a paz dentro do sedã da Nissan. O isolamento acústico também auxiliou, pois, na estrada, o aconchego do carro é tamanho que chega a dar sono.

A transmissão é outro ponto que foi melhor percebido dada a ordem das avaliações. Isoladamente, a caixa do Peugeot passa poucos trancos e é eficiente quando exigido. Porém, perto do câmbio CVT da Nissan, ficou parecendo até um automatizado. Como a caixa de relações continuamente variáveis não faz troca alguma, a aceleração se torna apenas um empuxo constante.

No sentido do conforto, o 508 traz um diferencial para os passageiros de trás. Além de cortinas retráteis, o modelo da Peugeot tem saídas de ar-condicionado para a segunda fileira, como o Altima, mas há controle de temperatura e ventilação independente.

Outra vantagem do modelo de origem francesa é a diversão ao volante. Mais firme e com motor turbinado, o Peugeot entrega respostas em giros mais baixos, enquanto o Nissan precisa ultrapassar a barreira dos 4.000 rpm para acelerar fortemente. E a suspensão do 508 deixa o carro mais na mão em curvas. O Altima também muda bem de direção, adernando pouco a carroceria, mas não empolga, vítima do próprio conforto.

A escolha de Thiago Moreno - Se fosse o meu dinheiro, ele ficaria com o Altima. Mais confortável que alguns sedãs de luxo, bem equipado em itens de segurança e, principalmente, mais barato que o Peugeot 508, que cobra extra por sua “germanização”.

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