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C3 x Palio: como ultrapassar o campeão?

O Fiat Palio vem assumindo a liderança nas vendas, mas com o C3 a Citroën quer fazer oposição e bater no campeão

21/10/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Sucesso de vendas, o Fiat Palio é atualmente o segundo colocado entre os modelos mais comercializados em 2014. Ele soma 128.765 unidades vendidas até o mês de setembro, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Nos últimos três meses, porém, o Palio vendeu mais do que o atual campeão, o VW Gol

Enquanto briga pela liderança do mercado brasileiro, o compacto da Fiat foi colocado lado a lado com o hatch premium Citroën C3, que hoje ocupa a 23ª posição no ranking de vendas -  são 22.208 unidades comercializadas no acumulado até setembro. O iCarros avaliou o Palio na versão Essence 1.6, enquanto o C3 testado era o Attraction 1.5. O modelo da marca de origem francesa recebeu essa nova configuração para a linha 2015 com o intuito de preencher a lacuna entre o Origine, de entrada, e o Tendance, até então o intermediário. Com os rivais nomeados, é hora de conhecer as armas de cada um.

Preço versus itens de série

O Palio Essence 1.6, que custa R$ 42.080, pode ser considerado o modelo intermediário do hatch. Ele é mais completo e potente que o Attractive (1.0 e 1.4) e nem tão topo de linha quanto o Sporting 1.6. De série, traz ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos (somente dianteiros), travas elétricas e regulagem de altura para banco do motorista e volante.

O C3 Attraction 1.5 custa R$ 44.590, mas não há opcionais. Além dos itens presentes no rival, o modelo da Citroën acrescenta direção elétrica, volante com ajustes de profundidade e altura, vidros elétricos em todas as portas, sistema de som com conectividade via Bluetooth e comandos na coluna de direção, retrovisores externos elétricos e rodas de liga leve. Pode ser acrescentado apenas pintura perolizada - que aparece no carro das fotos -, elevando o preço para R$ 46.380.

Para deixar o Palio com equipamentos equivalentes ao que o C3 oferece de fábrica, é preciso ir fundo na extensa lista de opcionais do Fiat, deixando o modelo fabricado em Betim (MG) com um preço mais salgado que seu oponente: R$ 47.231. E o Palio das fotos estava com mais equipamentos pagos à parte, como retrovisor interno eletrocrômico, sensor de chuva e acendimento automático dos faróis, deixando o preço do carro em R$ 48.591.

A receita do campeão é entregar um modelo menos equipado a um preço convidativo e o consumidor escolhe o que vai querer de equipamentos extras. Já o C3 rebate com uma opção intermediária mais completa. Como seus itens são todos de série, o preço final acaba saindo mais em conta que o do Palio, onde boa parte dos equipamentos de conforto é cobrada a mais. Ponto para o Citroën, que além de entregar mais por menos, também se preocupa com segurança. Ele traz mais que airbags e ABS: tem luzes diurnas de LED, que vêm de série na configuração Attraction.

Vida a bordo

A cabine de ambos já não é novidade para ninguém. Os dois hatches oferecem amplo espaço para até quatro adultos. Porém, o teto curvado do C3 passa uma impressão de ser maior, mesmo sem oferecer o para-brisas Zenith, equipamento que leva a peça a praticamente o meio do teto e que é de fábrica a partir da configuração Tendance.

Mesmo sem grandes ousadias no painel, o C3 tem peças bem montadas e materiais que, apesar de serem feitos com plástico rígido, agradam. Porém, tudo é preto na cabine. Bancos, portas, painel... À noite, o Citroën fica escuro. Enquanto isso, o Palio tem um aspecto mais simples, mas usa um cinza claro como principal tonalidade.

Isso não significa que seja fácil conviver com o Fiat. O rádio já está datado e o sistema Bluetooth dá trabalho para fazer a conexão com seu smartphone pela primeira vez. A Citroën resolveu isso recorrendo à Pioneer para fornecer o áudio do C3. Bem mais simples de usar, com aparência moderna e boa qualidade sonora, esse sistema é mais amigável.

Na versão Essence, o Palio oferece um acabamento aveludado nos bancos, já o C3 tem um tecido convencional. O Fiat é mais confortável para se sentar, mas acaba exigindo mais do motorista com seu sistema hidráulico de assistência à direção. Não é nem de longe parecido com direções mecânicas, mas, perto do sistema elétrico do Citroën, o Palio fica devendo.

Apesar de sofrer com a escuridão de noite, o C3 tem cabine mais refinada, apoiada também pelo painel de instrumentos mais agradável aos olhos que o do Palio, que é bem convencional. O rádio pode parecer um item simples para decidir qualquer escolha, mas pense que ele será usado todos os dias, então uma interface amigável é mais que bem-vinda. Segundo ponto do Citroën.

Motorização e dirigibilidade

Aqui, os rivais tomaram caminhos diferentes. Enquanto o Palio oferece um motor 1.6 16V flex de 117 cv e 16,8 kgfm com etanol, o C3 tem um 1.5 8V flex de 93 cv e 14,3 kgfm, também com o derivado da cana. Ambos possuem transmissão manual de cinco velocidades, mas o Fiat oferece opcionalmente o câmbio automatizado Dualogic de cinco marchas. O Citroën tem câmbio automático de quatro velocidades, mas está disponível apenas nas versões mais caras.

Em baixas rotações, ambos respondem bem, mas o 8V do C3 entrega força mais rápido nesse regime. Só que basta esticar as marchas além das 3.000 rpm para perceber que o Palio, de fato, anda mais.

Apesar de mais pesada, a direção hidráulica do Palio acaba por transmitir mais segurança em movimento e a relação entre o quanto o motorista esterça e o quanto as rodas viram é mais direta. No geral, o modelo da Fiat parece estar mais “na mão” do condutor. O C3 não é inseguro, mas o motorista percebe menos o que está acontecendo com o carro e o câmbio tem engates mais imprecisos. Primeiro ponto do Palio.

Espaço virtualmente igual

Mesmo com visões diferentes de design, Palio e C3 têm praticamente as mesmas medidas. São 3,9 m de comprimento, 1,5 m de altura e 1,7 m de largura para ambos. Muda apenas o entre-eixos, com 2,4 m no Fiat e 2,5 m no Citroën. O C3 também oferece o maior bagageiro: são 300 litros contra 280 litros do rival. O C3 leva o último ponto.

Veredicto de Thiago Moreno - Somar a pontuação é simples: o C3 levou em três dos quatro itens avaliados. Apesar de vender mais, o Palio cobra caro para ser equipado e tem um acabamento mais simples que o rival. Mesmo estando lá embaixo na tabela, o Citroën leva o comparativo e é uma opção a ser considerada por quem busca um hatch na faixa dos R$ 45 mil.


 

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