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Geely EC7 x JAC J5: sedã chinês ao ataque!

Sedãs de porte médio, Geely EC7 e JAC J5 mostram que os carros chineses subiram um degrau no mercado

03/07/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Quer porte de sedã médio sem ter de pagar mais de R$ 65 mil? Apele para os chineses. Tanto a novata Geely como a JAC Motors possuem produtos neste segmento. Representando a primeira empresa - que é dona de marcas como a Volvo, diga-se de passagem -, o EC7 custa R$ 49.900, enquanto o J5, da segunda, não sai por menos que R$ 51.990. Para se ter uma ideia, um Hyundai HB20S, sedã compacto, na configuração 1.6 mais completa com transmissão manual como nos modelos chineses custa ao menos R$ 48.990.

A fórmula de Geely e JAC ainda é mesma bastante usada pelas marcas de origem chinesa: oferecer mais por menos. Tanto EC7 como J5 trazem direção hidráulica, ajuste de altura para o banco do motorista, ar-condicionado automático, sensor de estacionamento traseiro, rodas de liga-leve e acionamento elétrico dos quatro vidros, portas e espelhos externos. O Geely tem ainda bancos em couro e computador de bordo de série. O primeiro equipamento pode ser adicionado ao JAC opcionalmente nas concessionárias.

No papel, as medidas deixariam qualquer Honda Civic preocupado, pois os chineses possuem 1,5 m de altura, 1,8 m de largura, 4,6 m de comprimento e 2,7 m de entre-eixos. Para os dois, ainda vale o lembrete de que o acabamento interno ainda não está no nível de outros rivais convencionais do segmento de sedãs médios, com abuso de plásticos rígidos e arremates que ficam devendo em alinhamento.

Onde vão bem?

Geely - o sedã oferece um rodar macio e com bom isolamento acústico mesmo em velocidade de estrada, uma evolução em relação aos primeiros modelos chineses que desembarcaram por aqui. Apenas em situações muito próximas ao limite de aderência dos pneus que a carroceria se mostrou sensível a ondulações do asfalto.

Outro ponto alto é motor 1.8 16V a gasolina de 130 cv e 17,2 kgfm. Como o carro pesa 1.280 kg (contra 1.315 kg do J5) e tem um câmbio manual de cinco marchas com engates leves, torna a condução fácil na cidade e na estrada, diferentemente dos primeiros modelos chineses que tinham relações de marcha muito longas e exigiam constantes trocas.

JAC - Entre os curiosos que se debruçavam sobre o J5, apenas alguns chutaram de primeira que era um modelo de origem chinesa. Ponto para o design elegante do JAC, com linhas fluidas e toque de carro italiano, afinal, o estúdio de design da marca fica em Turim (ITA). Por dentro, vale destacar a posição mais baixa para dirigir que, aliada a um painel também mais baixo, evoca esportividade. 

Ambos - Espaçosos, EC7 e J5 trazem cabines arejadas e conseguem acomodar cinco adultos e muita bagagem sem dificuldades. O banco traseiro do Geely ainda é rebatível na proporção 60/40. O JAC J5 tem porta-malas de 460 litros, dentro da média da categoria, enquanto o Geely EC7 tem generosos 670 litros.

Onde vão mal?

Geely - apesar de bom no conteúdo, o Geely ainda não conseguiu agradar no visual externo, ao contrário de seu rival. A frente traz faróis com linhas confusas e as luzes diurnas na parte inferior do para-choque fez com que vários motoristas acenassem avisando que o carro estava com os de neblina acesos durante o dia. A traseira, porém, é mais bem resolvida e as rodas também agradam.

O principal entrave para o carro, no entanto, é a rede de concessionárias. Atualmente, apenas duas lojas representam a Geely no Brasil: uma em Porto Alegre (RS) e outra em São José do Rio Preto (SP). A marca promete encerrar 2014 com um total de 25 lojas.

JAC - mais pesado que o rival, o J5 ainda sofre com o pequeno propulsor 1.5 16V de 125 cv. A diferença de potência não é muito grande, mas o JAC, com 15,5 kgfm de torque, sente falta de mais fôlego. O câmbio manual de cinco marchas também tem engates duros. A suspensão do JAC J5 é voltada para o conforto. Ao passo que filtra bem as imperfeições do solo, permite, porém, que a carroceria oscile bastante nas mudanças de direção e há inclinação perceptível da carroceria em curvas.

Ambos - Tanto no EC7 como no J5, a posição dos botões e das luzes espia é pouco conveniente. Enquanto no JAC a cabine fica muito apagada a noite, dificultando a localização dos comandos, no Geely há um total de seis peças plásticas cobrindo locais destinados a botões que não existem no carro brasileiro. O EC7 ainda deixou as luzes espia dos faróis de neblina e do aviso de afivelamento do cinto de segurança do passageiro para uma tela no alto do painel, ao invés de estarem juntos aos demais instrumentos, como o velocímetro e o conta-giros, por exemplo.

Escolha de Thiago Moreno - Ter o conjunto mecânico do Geely EC7 com o design do JAC J5 seria o cenário ideal. Porém, é preciso escolher apenas um. Mais barato, bem equipado e bem resolvido mecanicamente, o Geely EC7 não só supera seu rival como quase faz a viagem (longa) para uma concessionária da marca valer a pena.

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