Hilux x Frontier: elas passam no teste do tempo?

•  

Toyota Hilux: linha 2015 já está à venda, mas o modelo 2014 da foto não tem mudança alguma

1/24

Nissan Frontier também é veterana: última alteração veio em 2011

2/24

Hilux SRV Top custa R$ 152.350

3/24

Já a Frontier SL é mais barata: R$ 134.490

4/24

Enquanto a Hilux é mais alta...

5/24

...a Frontier tem maior entre-eixos

6/24

Controles de estabilidade e tração são de série em ambos os modelos nessas configurações

7/24

8/24

9/24

Protetor de caçamba é opcional na Hilux

10/24

11/24

Assim como ocorre na Frontier

12/24

Maior altura representa um obstáculo para acessar o interior da Hilux

13/24

14/24

Já na Frontier, é possível entrar mais facilmente

15/24

Espaço traseiro da Nissan também é mais generoso

16/24

Interior da Hilux é uma volta no tempo

17/24

Lembra quando os painéis tinham iluminação verde? A Hilux lembra

18/24

Em pleno 2014, acionamento da tração 4x4 ainda é feito por alavanca

19/24

Frontier, com mais equipamentos, ao menos tenta acompanhar as rivais mais modernas

20/24

Chave presencial é um dos diferenciais da Frontier

21/24

Assim como na S10 e na Ranger, acionamento da 4x4 na Frontier é feito por botão

22/24

Motor da Hilux é maior, 3.0, mas gera menos potência: 171 cv

23/24

"Pequeno" 2.5 da Frontier entrega 190 cv

24/24

Em 2011, tanto a Toyota Hilux quanto a Nissan Frontier receberam as últimas atualizações. E mesmo assim foram apenas visuais, já que, em se tratando de geração de plataforma, ambas já estão entrando na casa das décadas. Enquanto a concorrência se renova (leia-se Ford Ranger e Chevrolet S10, a líder do mercado), ambas fazem hora extra apostando na robustez de carrocerias que já foram (bem) testadas pelo tempo.

A Hilux, ao menos, ainda vende bem, com 34.521 unidades comercializadas no acumulado do ano até outubro de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), colocando-se no segundo lugar entre as picapes médias. A Frontier, por outro lado, amarga uma sexta posição, com 9.794 vendas no mesmo período. Mas, entre elas, qual é a melhor?

O iCarros colocou frente a frente a Hilux SRV Top e a Frontier SL A/T para responder a essa pergunta. A primeira custa R$ 152.350, enquanto a segunda custa R$ 134.490, sendo que ambas são as configurações mais completas de suas linhas. Ou eram. O modelo da Toyota recebeu recentemente a versão 2015, mas nada mudou na configuração avaliada, apenas foi adicionada a série especial Limited (R$ 155.650).

Para os mais atentos, são quase R$ 20 mil de diferença entre se adquirir o modelo da Nissan e o da Toyota. Então a Hilux vem mais equipada? Não. É mais potente? Não. As rivais entregam itens como tela multimídia com câmera de ré integrada e navegação por GPS, bancos em couro, controles de estabilidade e tração e espelhos com regulagem elétrica. Mas, por exemplo, o ar-condicionado da Toyota é automático de uma zona, enquanto o da Nissan oferece regulagem individual para o motorista e o passageiro da frente.

Na mecânica, Hilux e Frontier trazem câmbio automático de cinco velocidades e tração 4x4 com caixa de redução. A operação na Toyota é feita por uma alavanca mecânica, enquanto a Nissan optou pelo acionamento elétrico por botão, como ocorre nas concorrentes mais modernas. O motor da primeira é um 3.0 turbodiesel com intercooler gerando 171 cv de potência e 36,7 kgfm de torque. Apesar de menor, o 2.5 turbodiesel com intercooler da segunda gera 190 cv e 45,8 kgfm.

Medidas e consequências

Mesmo com a vantagem em potência, A Frontier não acelera mais que a Hilux. Em ambiente urbano, ao menos, ambas imprimem o mesmo ritmo de aceleração, que é mais do que o suficiente para acompanhar o tráfego com folgas e rodar a 100 km/h na estrada com os conta-giros marcando menos de 2.000 rpm. A culpa é do peso, o modelo da Nissan tem 106 kg a mais (2.066 kg no total) que a rival da Toyota, de 1.960 kg.

Mesmo sendo mais leve, a Hilux é maior em comprimento, com 5,3 m, e em altura, 1,9 m, enquanto a Frontier mede 5,2 e 1,8m, respectivamente. Porém, a Nissan responde com maior largura (1,9 m contra 1,8 m) e entre-eixos (3,2 m contra 3,1 m).

Mais importante que os números são os resultados que eles trazem. Mais alta, a Hilux tem mais espaço interno, mesmo com o entre-eixos menor, mas exige que se use os estribos laterais para entrar na picape, enquanto na Frontier é possível se acomodar sem usar um degrau ou precisar de apoio. Mas a consequência disso é um menor espaço para a cabeça. O entre-eixos menor da Nissan também acaba por causar outro efeito incômodo na cidade: as manobras exigem mais espaço que na rival.

Falando em cidade, as versões topo de linha são as mais encontradas em centros urbanos, enquanto cabe às configurações básicas “pegar no batente”. Então dificilmente você verá uma Hilux SRV Top ou uma Frontier SL com a caçamba riscada de uso ou carregada. Mas, caso ainda interesse, ambas possuem ganchos de fixação na parte interna. Se achou bacana o protetor de caçamba na Toyota das fotos, não se anime muito: quem não pagar extra para a montadora recebe o espaço na lata como na Nissan.

A caçamba da Hilux mede 1.520 mm de comprimento, 1.515 mm de largura e 450 mm de altura, enquanto a Frontier tem 1.513 mm, 1.494 mm e 454 mm, respectivamente.

Conforto e vida a bordo

O sistema de suspensão de ambas é bem parecido, inclusive com a de modelos mais modernos. Apesar de cada vez mais urbanas, as picapes médias ainda precisam ser capazes de pegar no batente. Então, seja Hilux, Frontier, S10, Ranger, L200 Triton ou Amarok, haverá amortecedores e molas independentes na dianteira enquanto o eixo traseiro é rígido e suportado por feixes de mola, como num caminhão.

A vida a bordo é no mínimo saltitante para Toyota e Nissan. A Hilux é levemente mais suave com os buracos quando vazia, mas apresenta maior rolamento da carroceria (a altura extra não ajuda nisso), enquanto a Frontier, mais firme, quica mais com as imperfeições do asfalto, mas fica mais “na mão” do motorista e, carregada, é mais confortável.

Porém, é no interior que as rivais dão os maiores sinais de idade. Entrar na Hilux hoje é como estar ao volante de um Corolla de duas gerações atrás, com direito a iluminação verde no console e reloginho digital, mas com uma alavanca de seleção da tração integral que, digamos assim, é “retrô”. A Frontier também não foge dessa crítica. Troque Corolla por Sentra na sentença anterior e o resultado é o mesmo. Porém, a Nissan ao menos tenta fazer o seu produto acompanhar a modernidade, com mais equipamentos e uma central multimídia mais intuitiva.

Escolha de Thiago Moreno - Em pleno 2014, quase 2015, tanto a Hilux quanto a Frontier têm pouco apelo perante as rivais mais modernas, a menos que a prioridade seja robustez e um projeto comprovadamente (pelo tempo) resistente, aí elas começam a fazer sentido. Entre as duas, a Nissan leva a melhor por entregar mais por menos e tentar acompanhar as novidades presentes em competidoras mais atualizadas.

Acompanhe as novidades do mundo automotivo pelo iCarros no:

Facebook (facebook.com/iCarros)
Instagram (instagram.com/icarros_oficial)
YouTube (youtube.com/icarros)