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Voyage x Etios: os adeptos do pragmatismo

Sem frescuras nem firulas, Voyage e Etios sedã entregam bom conjunto mecânico para o dia a dia. Mas qual é o melhor?

23/09/2014 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Opções de sedãs compactos no mercado não faltam, estão aí o novato Ford Ka+ e o renovado Renault Logan para contar essa história. Mas dois modelos, seja pelo design simples ou pela falta de novidades, acabam ficando de fora: estamos falando do Toyota Etios sedã e do Volkswagen Voyage. Apesar de não estarem nos holofotes, ambos conquistam uma legião cada vez maior num nicho onde confiabilidade, preço e desempenho contam mais do que qualquer coisa: o dos táxis. Já reparou quantas unidades destes dois modelos três volumes estão rodando por aí na praça?

O iCarros selecionou o Etios XLS 1.5 e o Voyage Comfortline 1.6 para responder quem manda melhor quando o objetivo é comprar um sedã racional. O Toyota não tem opcionais nessa configuração. Nem pintura metálica é cobrada à parte. Dessa forma, o modelo custa R$ 47.740. Já o VW começa mais barato, R$ 44.580, mas praticamente tudo é opcional.

O Etios XLS traz de série direção com assistência elétrica, ar-condicionado, travas e vidros com acionamento elétrico, faróis de neblina e rodas de liga leve, além dos obrigatórios ABS e airbag duplo frontal. O Voyage Comfortline traz apenas direção hidráulica e acionamento elétrico para travas e vidros dianteiros. Para levar rodas de liga leve e ar-condicionado, é preciso pagar R$ 5.561 pelo kit de opcionais que vai trazer também espelhos elétricos e sensor de ré. Adicione a pintura metálica (R$ 1.159) e o preço carro que aparece nas fotos chega a R$ 51.300. É possível incluir apenas o condicionador de ar por R$ 2.940, o que deixaria o Voyage custando R$ 47.520 em cor sólida e ainda sem vidros elétricos traseiros ou rodas de liga.

O modelo da Toyota é equipado com um motor flex 1.5 de 96,5 cv e 13,9 kgfm de torque com etanol. Rodando com o mesmo combustível, o 1.6 flex do Volkswagen gera 104 cv e 15,6 kgfm de torque. Ambos possuem transmissão manual de cinco velocidades.

Para as medidas, é necessário usar os milímetros para diferenciar os carros: o Etios tem 4.265 mm de comprimento, 1.695 mm de largura, 1.510 mm de altura e 2.550 mm de entre-eixos. Já o Voyage mede, respectivamente, 4.215 mm, 1.656 mm, 1.492 mm de altura e 2.465 mm de entre-eixos. Quanto ao bagageiro, não é necessário lupa para enxergar a diferença: o Toyota tem 562 litros contra 480 litros do rival.

Todos iguais, mas alguns são mais iguais que outros

Não há porquê fazer rodeios: nem Voyage nem Etios possuem um desenho arrebatador que vá chamar a atenção nas ruas. O VW, pelo menos, não divide opiniões. Sóbrio sim, feio não. Já para o visual do Etios há quem ainda torça o nariz, ainda mais com três volumes, que deixa a silhueta do carro desproporcional.

E o painel de instrumentos central também não é um ponto alto. A visualização de velocímetro e tacômetro leva tempo, mas dá para se acostumar. Já o minúsculo mostrador digital com odômetro e marcador de combustível, não. Além disso, no Voyage, o painel é de uma sobriedade inconfundivelmente germânica, com boa ergonomia e melhor montagem das peças.

Em espaço, os milímetros a mais do Etios em altura e largura fazem diferença. Não há aperto para ombros nem cabeça. Dá até para levar três adultos no banco traseiro sem forçar a amizade com os caronas. Mais estreito e com o entre-eixos menor, o Voyage leva até dois passageiros atrás; o terceiro se espreme e o espaço para as pernas é inferior. Quando o assunto é porta-malas, o Toyota dá uma lavada: são 82 litros de diferença.

No ambiente urbano, a direção elétrica do Etios vai bem: é progressiva e permite manobras sem esforço e segurança em velocidades altas, uma vez que ganha firmeza nesse regime. Considerando que o sistema do Voyage é hidráulico, o acerto é bem leve, mas não tem a progressividade do rival.

Ainda na cidade, ambos os propulsores andam sem esforço, com o 1.6 8V do Voyage respondendo melhor em baixas rotações, como é típico de um cabeçote de duas válvulas por cilindro. Menor (1.5) e com quatro válvulas por cilindro, o Etios consegue não ficar para trás graças ao sistema variável de aberturas das válvulas de admissão. Porém, esticando as marchas, o motor da VW começa a perder fôlego a partir das 4.500 rpm, enquanto o bloco da Toyota consegue entregar a força de maneira mais elástica: seja a 1.000 rpm ou a 4.000 rpm, o Etios responde satisfatoriamente.

Os dois rivais possuem um acerto de suspensão pendendo levemente para o firme, então tanto o Voyage quanto o Etios não dão sustos nas mudanças de direção, mesmo quando carregados. A diferença é que o conjunto do sedã da Toyota consegue filtrar melhor as imperfeições do pavimento, enquanto o da Volkswagen acaba por deixar pequenos solavancos entrarem na cabine. Mas é preciso prestar muita atenção para perceber esse detalhe.

Veredicto de Thiago Moreno - O Voyage ainda é uma boa escolha entre os sedãs compactos, mas, colocado ao lado do Etios sedã, fica mais caro para trazer o mesmo pacote de equipamentos. A racionalidade é forte com o Toyota, que entrega mais por menos e o comprador ainda leva de quebra (sem trocadilhos) um conjunto mecânico mais moderno. Para quem quer um sedã “preto no branco” (agora sim com trocadilho), o Etios leva o comparativo.

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