Hood Ride: a cultura da ferrugem

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Hood Ride: paixão pelas marcas do tempo nos carros

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O estado de conservação não importa. Quanto mais ferrugem melhor

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Visual é parecido com o de carros abandonados

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Mas todos são bem tratados pelos donos

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Customizações deixam alguns carros irreconhecíveis

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Adereços de época são comuns

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Quanto mais carismático, melhor

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Fliperama no teto? Por que não?

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Bom humor é uma das características do Hood Ride

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Ferrugem não é crime

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Adesivos são motivo de orgulho: significam que o carro não fica parado na garagem

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Apesar da predominância de modelos da Volkswagen com motor refrigerado a ar, outros carros são bem-vindos

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Até modelos originais marcaram presença

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Ferrugem para todos os lados. Foi assim o encontro realizado no Sambódromo do Anhembi (SP) em 21 de outubro. Mas não era uma seletiva para concorrer a uma vaga no ferro-velho. Eram os adeptos do Hood Ride que se juntavam para divulgar essa vertente de customização. Confira os carros modificados na galeria e entenda um pouco mais sobre o que motiva esse movimento.

O que é o Hood Ride

Derivado dos Rat Rods e dos Rat Looks, o Hood Ride é uma tradição de customização de veículos que respeita a ação do tempo. Ou seja, nada de carros com frisos brilhantes parecendo novos. A pegada é deixar o visual o mais próximo possível do jeito em que o carro foi resgatado. Resgatado, pois, não fosse por essa turma de fanáticos, alguns desses automóveis já estariam fora de circulação e um pedaço da história automotiva se perderia com eles.

Então pode deixar a ferrugem, os amassados, as peças faltando e a suspensão que arriou faz tempo. O que importa para o Hood Ride é que o veículo tenha “pátina”, muito carisma e mecânica boa o suficiente para que o dono permaneça usando o carro, ao contrário das duas primeiras duas categorias, que também priorizam a performance.

O que você vai encontrar num encontro Hood Ride

Fuscas, muitos Fuscas. De todas as maneiras e formas possíveis, pois alguns foram tão customizados que mal se percebe sua origem. As Kombi também são bem comuns, assim como toda a linha Volkswagen com motor refrigerado a ar (Brasília, Gol, TL, Variant, entre outros). Mas isso não é impeditivo. Qualquer carro pode ser um Hood Ride se respeitar os fundamentos de admiração às marcas do tempo. No encontro do Sambódromo, carros inusitados como uma Chevrolet Chevy 500 e uma Lada Laika perua representavam bem as inspirações do movimento.

Os Hood Riders também gostam de adornar seus veículos com artigos de época e adesivos bem-humorados. Por isso tantos têm o rack de teto. Vale tudo: bicicletas, malas, TV, caixa de cerveja e até um fliperama serviram para incrementar a personalidade dos automóveis mantendo o bom humor. Vidros cheios de adesivos são comuns e motivo de orgulho para os donos, pois provam que o carro não fica parado na garagem.

Os encontros de antigos no Sambódromo

O evento realizado na última terça-feira (22/10) foi coorganizado pelo clube The Phuntos de São Paulo (SP), sendo que seus membros e demais convidados angariaram cerca de 100 veículos Hood Ride na passarela do Sambódromo. Mas esse não é o único evento que agrega carros antigos no palco do Carnaval paulistano. Semanalmente, o Auto Show Collection reúne às terças-feiras centenas de carros em noites temáticas, além de reservar um espaço para barracas de alimentação e de compra e venda de peças para antigos. No estacionamento, também se encontram veículos à venda. Para saber a agenda dos eventos e os preços para a visitação, você pode consultar o site da organização.

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