Novo Ka estará nas lojas em setembro por R$ 35.390

•  

Nova geração do Ka adota a mesma grade que equipa os novos modelos da Ford

1/8

Traseira do hatch exibe vincos na tampa do porta-malas, que leva 275 litros

2/8

Branco mais escuro é uma das novas cores disponíveis no hatch, assim como o laranja já oferecido no EcoSport

3/8

Versão topo de linha SEL possui lanternas escurecidas e pneus verdes, que reduzem o consumo em até 3%, segundo a Ford

4/8

Interior tem bom acabamento e a versão de entrada SE pode ser equipada com o sistema multimídia SYNC com comandos no volante

5/8

A versão sedã, chamada Ka+, deve chegar às lojas um mês depois do hatch

6/8

7/8

Lanternas do sedã seguem o mesmo desenho do hatch, se estendendo pela lateral da carroceria

8/8

Depois de apresentar a nova geração do Ka como um protótipo no final do ano passado, a Ford exibe a versão final do hatch, que chegará às concessionárias em setembro com preços entre R$ 35.390 e R$ 39.990. Nessa faixa de preço, ele brigará com Volkswagen Gol, Fiat Palio, Chevrolet Onix, Renault Sandero, Nissan March e Hyundai HB20.

O Ka sedã, que se chamará Ka+ (pronuncia-se Ka mais), será lançado junto com o hatch, mas deve chegar às lojas aproximadamente um mês depois. Seus preços e versões, contudo, não foram divulgados. As duas versões, com motor de 1,0 litro e três cilindros, serão fabricadas em Camaçari (BA), assim como o EcoSport, ambos projetos globais desenvolvidos pela Ford no Brasil. A empresa, porém, ainda não divulga para quais países ele será exportado.

O Ka adotará a identidade dos novos modelos da marca, com a ampla grade trapezoidal, lembrando o irmão maior Fiesta. Atualmente, apenas o Focus não possui essa grade, além do Fiesta RoCam, um projeto antigo que, segundo a Ford, deixará de ser produzido gradativamente na fábrica baiana de Camaçari para dar lugar à nova geração do Ka. O Ka antigo, aliás, já não é produzido desde o final do ano passado.

Linha completa

A configuração de entrada do hatch será a SE, de R$ 35.390. Vem de série com ar-condicionado, direção elétrica progressiva, travas e vidros dianteiros elétricos, chave canivete, rodas de aço de 14” e som. O modelo conta ainda com um porta-objetos no topo do console central que permite prender o celular e usá-lo como GPS. Esta versão, que deverá representar 80% das vendas, pode ser equipada com o pacote Plus, que acrescenta vidros traseiros elétricos e o sistema multimídia SYNC com comandos de voz e controles no volante. Com ele, o preço do Ka sobe para R$ 37.390.

A topo de linha SEL custará R$ 39.990 e inclui, além dos itens citados, assistente de partida em rampa, controles de estabilidade e de tração, rodas de liga leve de 15”, computador de bordo, faróis de neblina, alarme, banco do motorista com ajuste de altura, pneus verdes, lanternas traseiras escurecidas e grade frontal com moldura cromada.

Retrovisores elétricos serão oferecidos como acessório em todas as versões, assim como câmera de ré e sistema multimídia com GPS (que não possui tela touch screen). Segundo a Ford, existirá a versão S, que não tem nem ar-condicionado, mas ela não estará à venda para o público geral nas concessionárias. Por isso, seu preço não foi divulgado.

Uma inovação que estará presente no modelo é um sistema de segurança que, em caso de acidente, se o celular estiver conectado ao sistema de som do carro, liga para o número de emergência e ativa o microfone localizado no teto para que você possa falar com o atendente. De acordo com a Ford, esse sistema será incorporado em todos os modelos da marca no prazo de um ano. Outro diferencial é um porta-objeto localizado na lateral no painel, escondido pela porta, que permite guardar itens de valor sem que fiquem expostos dentro do veículo.

Aderindo ao três cilindros

O novo Ka estreará o motor 1.0 de três cilindros com duplo comando variável (na admissão e no escape), que rende 80 cv com gasolina e 85 cv com álcool. Por enquanto, o hatch terá apenas essa opção de motor, mas a Ford não descarta equipá-lo com o 1.5 do Fiesta, que também estará no sedã, no futuro. Mas não espere uma versão com o câmbio automatizado Powershift. “O público que quer motor maior, câmbio automatizado ou um kit esportivo vai migrar para o Fiesta”, disse o gerente-geral de marketing da Ford, Oswaldo Ramos. Por isso, esqueça a antiga versão Sport. O novo Ka terá apenas alguns acessórios estéticos, como adesivos.

Ao volante

Apesar de ser um 1.0, o Ka anda muito bem, entregando bom desempenho em baixas rotações e boas respostas em arrancadas. Porém, ele perde força conforme o giro sobe. Segundo a Ford, acelera de 0 a 100 km/h em 13,9 segundos. O nível de ruído dentro da cabine não incomoda, com o motor a 3.800 rpm a 120 km/h.

Quanto ao consumo, segundo dados do Inmetro, o Ka hatch faz 8,9 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada com álcool. Durante a avaliação do iCarros, em percurso 80% rodoviário, o computador de bordo registrou média de 10,9 km/l com álcool. Há também um indicador de trocas de marcha no painel que ajuda o motorista a dirigir de modo econômico.

A suspensão macia é confortável, mesmo ao passar por terrenos irregulares, e a direção progressiva garante mais precisão em manobras, tanto na cidade como na estrada. O modelo perde pontos na estabilidade. Por ser alto para a categoria (1,52 m de altura), fica mais suscetível a ventos laterais e a carroceria oscila um pouco nas curvas.

Por dentro, o carro também se mostra uma boa opção, com posição de dirigir, acabamento e espaço interno bons. Três pessoas viajam com conforto atrás. O porta-malas, porém, leva 275 litros, um pouco menos do que os concorrentes, que variam entre 280 e 300 litros.

Vai vender? - o novo Ford Ka chega para atender a expectativa da fabricante de aumentar sua participação no mercado brasileiro, onde hoje ocupa a quarta posição. "Esperamos vender na casa de cinco dígitos por mês", disse Ramos. Ou seja, são mais de 10 mil unidades mensais. No ano passado, o modelo vendeu, em média, 2.100 carros por mês. O objetivo da empresa é otimista e o Ka tem potencial para chegar lá. Ele possui visual moderno, bom conjunto mecânico e apresenta inovações no segmento. O problema que enfrentará será o preço elevado, que não fica muito distante dos concorrentes com os mesmos equipamentos. Só que eles possuem versões mais simples para quem não pode gastar tanto.

Teste-drive a convite da Ford