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Renovado, Troller T4 segue a mesma trilha

Troller renova o T4, que agora custa R$ 110.990. Porém, apesar das mudanças, o jipe permanece como boa opção off-road

17/07/2014 - Thiago Moreno, de Horizonte (CE) / Fotos: Thiago Moreno e Divulgação / Fonte: iCarros

Por R$ 110.990, a linha 2015 do Troller T4 estará nas concessionárias a partir de agosto. O modelo, que foi completamente renovado, mira os clientes atuais para manter sua taxa de fidelização de 48%, mesmo sendo, normalmente, o terceiro carro da família, de acordo com Carla Freire, executiva de marketing da Troller. Além da reformulação visual, o novo T4 recebeu o conjunto mecânico da Ford Ranger de herança. Fazem parte dele o motor a diesel de 200 cv - que incorporou uma nova calibração - e o câmbio manual de seis marchas.

Entre os itens de série, estão direção hidráulica, ar-condicionado automático de duas zonas, vidros, travas e espelhos com acionamento elétrico, duplo teto-solar e rádio com conectividade via Bluetooth e USB. O veículo possui freios com ABS, mas não tem airbags nem como opcional. A legislação para utilitários, categoria em que o Troller se enquadra, não exige as bolsas infláveis, segundo o fabricante.

A linha de produção cearense recebeu R$ 215 milhões em investimento para a produção da nova geração e tem capacidade para fazer cerca de 220 carros por mês. No desenvolvimento do jipe, a Troller mirou uma variedade grande de perfis de cliente, mas todos com a mesma necessidade no fora-de-estrada. Nesse escopo estão desde os que buscam lazer no final de semana a competidores profissionais e empresas que precisam de veículos com capacidades em todo tipo de terreno, como as companhias elétricas, que fazem manutenção em linhas de transmissão em áreas onde não existem sequer estradas.

Renovado, mas com a mesma proposta

Produzido em Horizonte (CE), o novo T4 recebeu mais de 1.700 novos itens em sua nova geração. A carroceria permanece de fibra de vidro, mas o processo, antes quase artesanal, agora utiliza chapas do material pré-fabricadas que são posteriormente prensadas e moldadas para aumentar a rigidez e diminuir refugos. O carro também cresceu em entre-eixos e largura. Mede 2,6 m e 2 m, respectivamente. Tem ainda 2 m de altura e 4,1 m de comprimento. O porta-malas ganhou 40 litros de capacidade, ficando com 134 litros.

No que diz respeito à mecânica, o motor a diesel de 200 cv de potência tem faixa de torque máximo entre 1.700 e 2.500 rpm, o que permite que os quase 48 kgfm sejam sentidos em baixa velocidade. A mudança de tração 4x2 para 4x4 High pode ser feita em uma velocidade de até 120 km/h. Para obstáculos mais severos, com o carro parado, também é possível optar pela 4x4 Low (reduzida).

A cabine, por sua vez, está mais moderna, com iluminação em tons de azul. CD player e ar-condicionado de duas zonas fazem parte dos itens de série, assim como as rodas de 17 polegadas e os pneus de uso 30% off road e 70% on road. A abundância de plástico, porém, sugere acabamento de modelo popular.

Questão de foco

Enquanto o novo Troller T4 permanece no asfalto, o carro faz pouco sentido. É caro, com acabamento simples e parece “peixe fora d’água” no trânsito. Tem pouca visibilidade externa e os amortecedores são muito macios, fazendo que o carro aderne em curvas. Além disso, os engates do câmbio são duros e imprecisos, enquanto os pedais do acelerador e freio estão perigosamente próximos. O banco traseiro está homologado para três passageiros. Na prática, no entanto, cabem apenas dois adultos que se apertam devido ao pouco espaço para as pernas e ainda sofrem com um sistema de acesso à traseira do veículo.

É preciso lembrar, porém, que o Troller não é carro para encarar o trânsito ou levar crianças para a escola todos os dias. Ele quer terra mesmo. Quando o asfalto acaba, o jipe revela ao que veio. Não importa o terreno, ele o sobrepõe. Seja areia ou lamaçal, o motor tem força de sobra para tirar o carro do atoleiro e, quando a situação fica muito feia, ainda é possível recorrer à caixa de redução para multiplicar o torque que chega às rodas. E, enquanto o mundo parece acabar do lado de fora, quem está dentro do jipe conta com ar-condicionado eficiente e de duas zonas e um isolamento acústico bem resolvido, mostrando quase um abismo de evolução entre o antigo e o novo Troller.

Confirmando essas capacidades fora-de-estrada, a marca trabalhou os ângulos de entrada e saída. Que agora são ambos de 51 graus, 1 grau e 14 graus a mais, respectivamente, na comparação à geração anterior. Com o propulsor a diesel e uma entrada de ar na altura das janelas, o carro consegue atravessar terrenos alagados com até 800 mm de profundidade sem a necessidade de alterações prévias.

Outra prova desse foco está no painel. Além de contar com duas saídas 12V, uma no console central e outra na parte superior do painel, do lado passageiro, o carro tem uma tampa removível acima do porta-luvas que serve de abrigo para velocímetros de precisão e outros equipamentos de navegação típicos de carros de competição off-road.

O meu Troller

“Nosso cliente gosta de customizar”, diz Wilson Vasconcellos Filho, responsável pela linha de personalização do Troller. Segundo o executivo, “os compradores gastam, em média, mais 15% do preço de tabela do T4 em acessórios”. Com a nova geração, cerca de 130 novos itens foram homologados para a instalação no T4. São equipamentos que vão desde pneus e estribos laterais até guinchos e proteções para a parte inferior do carro com chapas de 4,2 mm.

“Era muito comum nosso cliente (da Troller) comprar o carro e trocar peças, mas, com isso, perdia a garantia. Com essa linha de produtos homologados, o comprador pode adequar o T4 à sua necessidade sem nenhum problema”, diz Vasconcellos. Entre os itens à parte, pode levar ainda snorkel, bagageiro de teto, suporte para guincho, soleira de aço, para-choque off road, protetores dianteiros e pneus lameiros (80% off e 20% on road ou 50% off e 50% on). Os acessórios ainda não têm preço definido.

A Troller oferece nove cores, que vão desde o comum “preto, prata e branco”, a tons berrantes como vermelho, amarelo laranja e verde. Os tons metálicos ou perolizados adicionam R$ 700 ao preço final. Como é tradição na marca, o cliente pode pintar o T4 na cor que bem entender e o serviço acrescenta de R$ 2.000 a R$ 2.500 ao valor do carro dependendo da pigmentação necessária.

Vai vender? - No ano passado, foram contabilizadas 1.434 unidades vendidas. Mas a Troller trabalha com a expectativa de comercializar 250 unidades por mês do novo T4, totalizando 3.000 novos carros em 12 meses. Os números podem parecer pequenos se comparados a modelos populares, mas devem dobrar o patamar atual de vendas da Troller. “Estamos praticamente sozinhos num segmento que nós mesmos (da Troller) inventamos”, justifica Wilson Vasconcellos - a marca considera como concorrente principal o Jeep Wrangler, que custa na faixa dos R$ 155 mil. Sem grandes concorrentes para fazer frente, o novo T4 deve bater sua meta por entregar um carro que é totalmente novo, mas não perdeu suas raízes.

Viagem a convite da Troller

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